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segunda-feira, 23 de maio de 2011

5 coisas que detesto na internet

Sou apaixonado babão por tecnologia. Do tipo que pega autógrafo do Tim Berners-Lee (sim, tenho um mouse pad assinado por Ele, o cara, o mito, o Criador), que inclui a Best Buy em qualquer roteiro turístico nos EUA e que se lembra com nostalgia dos monitores de fósforo verde, do Príncipe da Pérsia original e de fazer buscas no Cadê!?.

Mas nem por isso deixo de ficar irritado, muito irritado com algumas coisas digitais. Algumas situações abaixo realmente me tiraram do sério em certos momentos. Outras afetaram as pessoas a meu redor. Leiam e digam se concordam ou se acrescentariam outras coisas detestáveis à lista:
1)    Sites seguros demais
Você precisa mandar uma pergunta para o SAC de uma empresa. Ou participar de um concurso qualquer. Você entra no site e ele te pede para fazer um cadastro. Chato, como todo cadastro, mas vamos lá, parece inofensivo.
Você preenche os dados habituais – muitos seu navegador conhece de cor -, estranha uma ou outra pergunta mais específica (celular? Fixo? CPF?) até que, pra terminar, ele te pede para criar um nome de usuário e uma senha.
Quando a primeira coisa que você pensa ao ver um pedido de criação de usuário e senha é “Pra quê?” é porque algo está muito errado no site. Só faz sentido se criar um cadastro desses quando há informações pessoais a serem resgatadas/atualizadas ou quando a pessoa for construir algo a partir daquele acesso. Mas ainda assim, vamos lá, é a vida.
Então a situação degringola de vez. Você digita uma senha habitual e o treco acusa erro. Então você se dá conta de umas instruções em corpo 6, dizendo que a senha precisa ter 8 dígitos, sendo que pelo menos uma maiúscula, uma minúscula, um número e um caractere especial. Ou seja, basicamente ele quer que você crie uma senha da qual você nunca vai se lembrar. Ou o formulário foi otimizado para ser acessão pelo Stephen Hawking.
Caramba, pra que tanta segurança para descobrir onde está o prazo de validade no rótulo do produto X?
2)    Desconhecidos de longa data
As redes sociais nos aproximaram de nossos familiares. Cool. Também ajudaram a gente a manter contado com os amigos. Super cool. E dá para se esbarrar virtualmente com os conhecidos. Show. O chato é que esse pacote cool inclui se relacionar com os desconhecidos de longa data. Os desconhecidos são aquelas pessoas que você nunca viu mais gordas que surgem com pedidos de amizade ou mensagens no Twitter pedindo publicamente seu e-mail ou telefone. O pior é quando o desconhecido tem 15 amigos em comum com você.
Você respira fundo, olhando para as opções que podem torná-lo um cara anti-social ou atormentá-lo para sempre com a versão virtual do chato cutucante. Aceita ou ignora? Você varre a memória. Será que conheci esse cara num churrasco? Ignora. Será um cliente? Aceita. Mas o cliente vai ver as minhas fotos do churrasco? Ignora então.
O pior do desconhecido de longa data é que esse é um jogo perdido. Você deve escolher entre o risco de ter seu mural inundado de comentários desnecessários sobre fotos de gente que você ignora ou o risco igualmente tenso de bater a porta na cara de um desconhecido que, embora você não lembre, te conhece mesmo e vai te achar um babaca.
3)    Sites que só rodam no IE
Essa é auto-explicativa. Por incrível que pareça, eles existem. Sim. Em 2011. Bizarro.
4)    E-mails com cópia aberta
Pode ser o grupo de trabalho da faculdade, a turma do happy hour da empresa ou (pior dos mundos), a turma do Ensino Médio marcando uma chopada. Algum infeliz se dá ao trabalho de catar o e-mail de todo mundo e manda uma mensagem com cópia aberta. Uma foto animada de uma rosa com um arco-íris e um salmo aleatório. E aí as outras 39 pessoas respondem – para todos – pedindo pro amigo mala não mandar mais aqui. Nisso outras 10 respondem para todos dizendo que tudo bem, essas mensagens enlevam o espírito.
Então você cancela sua caixa postal e perde o resto do dia comunicando o novo endereço para seus contatos. Menos os da turma do Ensino Médio, claro.
5)    A Karma Police
Esse povo é chato mesmo e é um dos alvos prediletos do @cardoso, com quem concordo 100%. Você vai pro Twitter, todo feliz porque comprou um celular Android e sempre surge um sujeito para dizer: “iPhone é melhor”. Ou alguém vem defender o Bob’s só porque você fez check in no McDonalds.
Será difícil para esse povo entender que se você está feliz com um Android é porque, provavelmente, você prefere Android a iPhone?
O legal da liberdade de expressão na internet é isso, a pluralidade de opiniões. Mas se existe a liberdade para discutir qualquer assunto e se defender suas bandeiras e preferências, também há o direito de não se querer discutir nada. Apenas jogar seu Angry Birds quietinho. Ah, o Angry Birds no Android é de graça. Melhor que no iPhone… :-)

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