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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O que e ERB Estacao Radio Base BTS Base Transceiver Station

O artigo de hoje pretende esclarecer o que é uma BTS (Base Transceiver Station) ou ERB (Estação Rádio Base). Além disso, também falaremos sobre sua construção e arquitetura. ERB, basicamente, é o nome da estação fixa cujos telefones celulares se comunicam. Definindo melhor: são aquelas torres – como a do logo acima – que infestaram nossas cidades nos últimos anos. Invadiram, porém construí-las não é nada fácil. Fora a burocracia envolvida, erguer uma ERB é um processo complexo multidisciplinar. Envolve, por exemplo, profissionais de telecomunicações, especialistas em construção civil, engenheiros elétricos e outros.
Primeiramente, torna-se necessário escolher um local que atenda da melhor forma possível o projeto de RF. Ou seja, grosso modo, o ponto precisa abranger a maior quantidade de assinantes da região. Além disso, o lugar proposto também deve possibilitar meios de comunicação com a CCC (Central de Comutação e Controle). A CCC, considerada o cérebro do sistema, é a parte da arquitetura onde todas as chamadas são devidamente tratadas. Alias, qualquer ligação que chega até uma ERB é encaminhada para a CCC. O enlace entre a ERB e a CCC pode ocorrer de várias formas, por exemplo: fibra óptica ou link de rádio. Observação: em casos de link de rádio, deve-se existir visada com a CCC.
Ainda com relação à construção, há dois tipos de ERBs: Greenfield ou Roof Top. As ERBs que pertencem ao tipo Greenfield são erguidas no solo. Já as que fazem parte do grupo Roof Top são instaladas nas coberturas de edifícios. Ambas podem utilizar equipamentos indoors e outdoors. As características de fabricação dos aparelhos indoors exigem uma infra-estrutura de proteção. Geralmente são utilizados containers climatizados (ver abaixo). Quando isso acontece é possível instalar boa parte dos equipamentos na operadora, antes de serem enviados ao local escolhido. Já os aparelhos de uso outdoor foram preparados para operar expostos ao tempo. Neste caso, a montagem normalmente é feita no local.

A construção de uma ERB pode demorar de 1 a 4 meses e a burocracia sempre rouba uma grande fatia deste tempo. Inclusive, em alguns casos, os aspectos legais são os verdadeiros culpados pelos atrasos. Por exemplo: em muitas prefeituras, por incrível que pareça, ainda não existem leis que tratam do assunto. Como se não bastasse, há situações cujos moradores ao redor das instalações fazem protestos contra a construção da ERB. Eles reclamam da desvalorização do imóvel, dos possíveis problemas causados pelas exposições às ondas, etc. Tudo para “colaborar” com a demora na concretização do projeto.
Viu? Como já exposto, levantar uma ERB não é simples. E sequer mencionamos outros fatores a serem considerados, como: projeto de aterramento, impermeabilização, combate a incêndios, instalação hidráulica, negociação com a ANATEL, Aeronáutica, proprietário do terreno, etc

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Brasil assume 3ª posição no ranking mundial da Internet

O uso da Internet em domicílios e locais de trabalho dos brasileiros cresceu 14% em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, colocando o país acima da Alemanha, segundo dados do Ibope Nielsen Online

Dos 61,2 milhões de brasileiros com acesso à rede no local de trabalho ou em casa, 46,3 milhões foram usuários ativos no mês passado, informou o instituto de pesquisas.
O patamar é superior ao apresentado pela Alemanha, com 46,26 milhões de usuários ativos, assim como o de França e Reino Unido, países já superados pelo Brasil em agosto de 2010.

Os Estados Unidos e o Japão ainda mantém a liderança, com 203,4 e 62,3 milhões de usuários ativos, respectivamente. Segundo ainda o Ibope, a velocidade de conexão dos brasileiros também tem aumentado. Em setembro, 77,8 por cento dos usuários ativos em domicílios possuíam conexão com mais de 512 Kbps, contra 61 por cento um ano antes.

As conexões mais rápidas, de 2 a 8 Mbps, passaram a atender a 21,3% dos usuários ativos nesses locais, contra 12,1% um ano antes. No segundo trimestre, o número de pessoas com acesso à Internet em qualquer ambiente no Brasil passou para 77,8 milhões. 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Clientes terão que refazer contratos para garantir velocidade na Internet

Os 45 mil e-mails enviados aos conselheiros da Anatel, por incentivo da campanha Banda Larga é um Direito Seu!, parecem ter ajudado a agência a resistir as pressões das operadoras e aprovar um regulamento com critérios significativos para a qualidade das conexões à Internet.

Mas para fazer jus aos percentuais mínimos de velocidade – em média, as empresas terão que garantir, inicialmente, 60% do que for contratado – os internautas terão que trocar os atuais contratos de prestação do serviço quando os parâmetros definidos pela agência entrarem em vigor, em 1º de novembro do próximo ano.

Isso porque mesmo com a nova regra aprovada, as empresas não serão obrigadas a cumprir as metas de velocidade caso o contrato firmado preveja condições diferentes. E a prática do mercado de garantir somente 10% da velocidade nominal faz parte dos atuais “regulamentos” dos serviços.

Tudo indica, porém, que o esforço valerá a pena, uma vez que além dos próprios percentuais de velocidade “garantida” os novos regulamentos de qualidade aprovados pela agência trazem outras medidas importantes, inclusive no incentivo a reduções no número de reclamações.

A Anatel fixou que o número de reclamações que chegam ao órgão regulador não poderão ser superiores a 2% do total de queixas feitas às operadoras. Como a prática atual é de que pelo menos uma parcela dos problemas só seja resolvida depois de acionada a agência, a medida exigirá uma atuação mais rápida das empresas.

E ainda que não esteja expresso dessa forma, há um aspecto relacionado à neutralidade de rede. Pela regra, as prestadoras devem garantir a “não inviabilização dos parâmetros de rede nas comunicações de voz por meio de conexão de dados”. Isso significa que é proibido prejudicar a conexão para evitar o uso de serviços de voz sobre IP.

O principal ganho, porém, está mesmo nos percentuais de velocidade a serem garantidos – ocasionalmente 20% da nominal, mas a média deve respeitar o índice de 60%, sendo que essas porcentagens serão elevadas, a cada 12 meses, para 30% e 40% e 70 e 80%, respectivamente.
No mais, há definições de que a variação de latência (ou jitter, que é uma referência para o atraso na entrega dos dados) é de até 50ms, a perda de pacotes não pode superar os 2% e a disponibilidade do acesso é de 99% - o que significa que o cliente não poderá ficar mais de 7 horas por mês sem conseguir se conectar.

Fonte: :: Luís Osvaldo Grossmann :: Convergência Digital :: 28/10/2011